Molhado são seus olhos,
Aqueles que me beijam
Sem ao menos me tocar
Sinto em minha boca suas úmidas palavras
Que não deixam seca
A boca que por ti tenta aclamar.
Com palavras simples,
Digo o que não quero
Porque o que quero
Não se encontra no meu escasso vocabular.
Continuas a beijar-me
Com seu molhado olhar,
Que me atormenta,
Que me abala
E respondo sem que queira,
porque é como a beira
A beira de um rio
que sem nem tocar,
Sinto a água me tocar
Deliciando-me no lembrar
O toque da água a me encharcar….
Viviane Lago
Brasília.1989.
Mui lindo! Pudera eu ter sido um dia o destinatário desses versos, apaixonados e verdadeiros. Ignacio Burel.