
Demorei muito em conhecer Jane Austen e quando comprei o livro, comprei com respeito e tinha altas expectativas sobre como seria a leitura: excesso de descrições, vocabulário rebuscado e frases invertidas. E a verdade é que tinha tudo isso. Mas por alguma razão eu não conseguia soltar o livro. Li tudo de uma vez.
Jane Austen não subestima a inteligência de seus leitores, pelas sutilezas, detalhes e seqüência de acontecimentos. Ela vai te conduzindo em cada uma das cenas com um desafio constante, como se fosse um exercício físico – não tenho certeza de como ela fez isso, mas sem dúvidas é fabuloso!
Nesse romance, Jane nos conta a história de Elizabeth Bennet, uma garota simples, educada e apesar de ser sensata, julga equivocadamente a um rapaz, Sr. Darcy, nobre e esnobe e que cultiva sentimentos por ela.
Situado no século XIX, Orgulho e Preconceito retrata as dificuldades financeiras de uma família simples com cinco filhas e a necessidade de solucionar o futuro delas com um bom casamento. Também retrata com riqueza de detalhes de como elas devem se manter educadas, arrumadas e como se supõe que devem se comportar perante a sociedade.
A narrativa é onisciente e a protagonista vai revelando sucintamente seus sentimentos, pensamento e decisões entre os parágrafos. Os diálogos são vivos, sinceros e dão a voz ao que os personagens sentem, revelam, desvelam, relatam e delatam toda razão e todo o sentimento de cada um eles evidenciando desejos ocultos, personalidades e carácter.
Não há razão pra duvidar de que este livro seja um clássico e quando terminei de ler senti ainda mais respeito pelo livro e pela autora ao refletir sobre suas condições e seu estilo de vida.
Esse título, Pride and Prejudice, tem adaptações pro cinema e a que eu conheço, atuam a Keira Knightley e Matthew Macfadyen. Também foi inspiração para e programas de televisão, teatro e literatura.